terça-feira, janeiro 25, 2005

O tédio se apodera das minhas veias e artérias
Minha vista está embaçada
Não sei o que fazer
Não sei o que criar
Minha alma se perdeu em um vale branco
Está sonolenta
Deitada sob uma árvore seca
A paisagem inerte dá uma sensação de morte
A imaginação brinca em algum lugar secreto,
Escondido da minha mente
Meu corpo largado na cama
Olha para o teto tentando achar respostas
Mas só o que consegue é sentir o coração bombeando o tédio.
Então, finalmente me deixo vencer pelo nada.
Adormeço em um sono sem sonhos.

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"Tédio com um T bem grande pra você" ficou na minha cabeça o dia inteiro....

sábado, janeiro 15, 2005

Tão segura, elegante. Sedutora. Sempre carregava um sorriso discreto no rosto e um olhar penetrante. Sentava-se em uma mesa, sozinha. E se perdia em sonhos entre um drink e outro.
O belo vestido vermelho delineava seu corpo que parecia ter sido cuidadosamente esculpido. Pernas cruzadas, salto alto, graciosa. Sem fazer alarde atraía olhares naquele restaurante muito bem frequentado.
E era assim que ela mascarava suas feridas. Escolhia uma inocente figura e como se fosse um anjo, delicadamente a envolvia em sua sedução. E como quem não tem intenção alguma ela aprisiona a alma desavisada em paixão e luxúria.
Depois de satisfeita, beija inocentemente, sorri e sai. Volta para casa, lava o rosto e entre seus lençois de seda e sua solidão sente profundamente seu espírito sangrar depois de mais uma noite vazia de lascívia.

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O mesmo texto que publiquei no phlog. Até que minha criatividade não está me decepcionando...

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Aquela mulher com uma expressão no rosto que não podia ser facilmente interpretada estava sentada naquele banco faziam já algumas horas. A quantidade de estrelas no céu aumentava e seu olhar mantinha-se fixo no céu. Ela parecia estar tentando enxergar além das estrelas que o firmamento mostrava.
Com um suspiro ela voltou seu rosto para baixo, olhando para um ponto qualquer perdido no chão. Pensativa, saudosa, triste até...
Aqueles anônimos que por ela passavam nunca saberiam que aquela bela mulher sofria atrás daquele sorriso agradável e seu belo vestido florido. Ela vivia em uma bela casa, com um belo cachorro e seu belo corpo e rosto. Tudo era belo exteriormente.
Porém ela sentia-se muito fraca e sozinha. Sempre ia sentar-se naquela praça e em pensamentos gritava para que as estrelas devolvessem seu Amor. Ela chegava a ficar com dor de cabeça tão grande era a força que ela usava para tentar enchegar além dos pontos brilhantes do alto. Mas ela sempre voltava para casa com um enorme desânimo no peito pois ela via nada mais do que o vasto céu acima de sua cabeça.
Como término de seu ritual diário ela guardava seu presente de seda, o vestido florido. Pegava sua garrava e não ia para o quarto até que o mundo girasse rápido o bastante e ela pudesse ignorar a dor da saudade.
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Nem acredito que consegui escrever algo finalmente! Minha inspiração teve um pouco de Bruna e outro pouco de Júnior [que saudades dele!].

terça-feira, janeiro 04, 2005

Esse tédio mental me incomoda. Meu cérebro parece não se interessar por coisa alguma, não tem vontade de criar. Palavras vagam sem esperança, sem sentido, sem emoção e acabam desbotando.O mundo atravessa meus olhos, ouvidos, boca e dentro de mim parece morrer da mesma forma que entrou. Nenhuma idéia nova, com a minha cara, meu gosto. Essa mente minha sedenta por revirar emoções parece cansada e desinteressada. Me faz até pensar, por vezes, que brigou com a bela e doce [às vezes obscura] inspiração.
Talvez o problema esteja em mim inteira. Acho que deveria renovar minha forma de enchergar tudo, de captar detalhes que antes originavam frases, contos, poesias.
Acho que preciso também esperar. Logo meu coração baterá mais forte ao avistar novas criações. Nesse meio tempo leio pois isso é um dos combustíveis que me mantém.
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Postizinho só para dizer que atualizei pois realmente não sei o que escrever direito.